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15 de jul. de 2010

OS TÍTULOS

Certo dia, uma mulher chamada Anne foi renovar sua carteira de motorista. Quando lhe perguntaram qual era sua profissão, ela hesitou, pois não sabia bem como se classificar. O funcionário insistiu: “o que eu pergunto é se tem trabalho?”. “Claro que tenho um trabalho!”, exclamou Anne. “SOU MÃE!” Nós não consideramos “isso” como trabalho. Vou colocar dona de casa, disse o funcionário friamente.

Uma amiga de Anne, chamada Marta soube do ocorrido e ficou pensando a respeito algum tempo. Num determinado dia, ela se encontrou numa situação idêntica. A pessoa que a atendeu era uma funcionária de carreira, segura e eficiente. O formulário parecia enorme e interminável. A primeira pergunta foi: “Qual é a sua ocupação?” Marta pensou um pouco e sem saber bem como, respondeu “Sou doutora em desenvolvimento infantil e em relações humanas.” A funcionária fez uma pausa e Marta precisou repetir pausadamente, enfatizando as palavras mais significativas.

Depois de ter anotado tudo, a jovem ousou indagar: “Posso perguntar o que é que a senhora faz exatamente?” sem qualquer traço de agitação na voz, com muita calma, Marta explicou: “Desenvolvo um programa à longo prazo, dentro e fora de casa.” Pensando na sua família, ela continuou: “sou responsável por uma equipe e já recebi quatro projetos. Trabalho em regime de dedicação exclusiva. O grau de exigência é de 14 horas por dia, às vezes até 24 horas.” À medida que ia descrevendo suas responsabilidades, Marta notou o crescente tom de respeito na voz da funcionária, que preencheu todo o formulário com os dados fornecidos.

Quando voltou para casa, Marta foi recebida por sua equipe: uma menina de 13 anos, outra com 7 e outra com 3. Entrando um pouco mais, ela pode ouvir seu mais novo projeto, um bebê de 6 meses, testando uma nova tonalidade de voz. Feliz Marta tomou o bebê nos braços e pensou na glória da maternidade, com suas multiplicadas responsabilidades e horas intermináveis de dedicação. Sentada na cama pensou... “Se eu sou doutora em desenvolvimento infantil e em relações humanas, o que seriam as avós?” E logo descobriu um título para elas: doutoras-sênior em desenvolvimento infantil e em relações humanas. As bisavós doutoras executivas-sênior e as tias, doutoras assistentes. E todas as mulheres, mães, esposas, amigas e companheiras: doutoras na arte de fazer a vida melhor!!!

Num mundo em que se dá tanta importância aos títulos, em que se exige sempre maior especialização, na área profissional, torne-se um especialista na arte de amar!!!

Beijinhos e até breve, se Deus quiser!!!

Jornal Informativo - Pr. Vanderlei Miranda

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